A Guerra Não É a Resposta: O Mundo Assiste à Escalada da Violência Orquestrada por Israel e Estados Unidos

Em uma postagem recente, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez declarações alarmantes sobre o Irã, revelando não apenas a contínua política de intimidação militar dos EUA, mas também o alinhamento incondicional com Israel numa cruzada que tem custado milhares de vidas no Oriente Médio. O texto, amplamente repercutido, ilustra uma retórica agressiva e desumana, marcada pela glorificação da força militar e pela banalização da morte.

A política de “simplesmente façam”, referida por Trump, é uma ordem velada de submissão a uma agenda bélica que ignora a diplomacia, os direitos humanos e os clamores por paz. A mensagem enviada ao Irã — e ao mundo — é clara: os Estados Unidos e Israel se consideram acima de qualquer ordem internacional, prontos para dizimar qualquer país que não se curve aos seus interesses geopolíticos.

O uso constante de ameaças, como a de que “estão todos mortos agora” e que os próximos ataques serão “ainda mais brutais”, não apenas expõe a ausência de humanidade, como escancara o desprezo pelas consequências devastadoras que essas ações têm para as populações civis. Crianças, mulheres e idosos são arrastados para o centro de conflitos que nada têm a ver com seus interesses. O que se vê, na prática, é um massacre contínuo, travestido de “autodefesa”.

Israel, com apoio irrestrito dos Estados Unidos, tem intensificado bombardeios e operações militares que, segundo diversas organizações internacionais, configuram violações dos direitos humanos. A tentativa de justificar essas ações com o argumento da segurança nacional ignora o desequilíbrio brutal entre o poderio militar israelense e a resistência palestina ou iraniana.

Enquanto isso, a comunidade internacional permanece em grande parte inerte, ou silenciada por interesses econômicos e alianças políticas. A guerra, que deveria ser o último recurso, tornou-se um instrumento de dominação e manutenção de poder. O mundo assiste, mais uma vez, à repetição de erros históricos: arrogância imperial, destruição de nações soberanas e um ciclo infindável de violência.

Não se trata de defender o Irã, tampouco de ignorar os riscos regionais que ele representa. Mas qualquer nação tem o direito de existir e de buscar sua soberania sem ser ameaçada de aniquilação. A diplomacia internacional não pode continuar sendo atropelada pela força bruta e por declarações de guerra publicadas em redes sociais como se fossem tweets de campanha.

É hora de a ONU, a comunidade europeia, e os países neutros se posicionarem com firmeza. A guerra não pode mais ser o caminho legitimado para resolver disputas. O sangue que corre nas ruas de Gaza, de Teerã ou de qualquer outro lugar não pode continuar sendo moeda de troca no tabuleiro geopolítico das grandes potências.

A humanidade não pode se dar ao luxo de aceitar que “simplesmente façam” se torne sinônimo de destruição em massa. A paz precisa, urgentemente, voltar a ser uma prioridade global.

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