Em mais uma medida para lidar com a crise hídrica que atinge Bauru, a prefeita Suellen Rosim anunciou nesta semana a implementação de um novo rodízio de abastecimento de água, que pode chegar a períodos de até 3 dias consecutivos sem fornecimento, dependendo da região da cidade. A decisão, que começa a valer imediatamente, tem gerado protestos e preocupação entre a população.
A medida vem em resposta à situação crítica do sistema de abastecimento de água, que enfrenta uma combinação de falta de investimentos em infraestrutura e a escassez de recursos hídricos. De acordo com a Prefeitura, o novo rodízio é necessário para equilibrar o consumo e garantir o abastecimento para todas as áreas da cidade. No entanto, a interrupção prolongada no fornecimento de água tem causado transtornos, principalmente em bairros mais afastados, que já sofrem com a precariedade dos serviços públicos.
Especialistas em saneamento apontam que a crise hídrica em Bauru não é um fenômeno recente, mas sim o resultado de décadas de negligência na gestão dos recursos hídricos e na expansão da infraestrutura de abastecimento. O novo rodízio, portanto, é visto como uma solução temporária para um problema estrutural, sem uma perspectiva clara de investimentos em longo prazo ou em ações preventivas, como o uso de tecnologias alternativas ou a construção de novas fontes de captação.
Além dos impactos na rotina dos moradores, o novo rodízio afeta diretamente o comércio local, que depende da água para suas atividades diárias, e coloca em risco a saúde pública, uma vez que a falta de abastecimento pode comprometer as condições de higiene e o acesso a serviços essenciais, como o funcionamento de hospitais e escolas.
A administração municipal se defende, afirmando que está adotando todas as medidas necessárias para minimizar os impactos da crise e que o rodízio é uma forma de garantir a justiça no fornecimento, sem que nenhuma área da cidade seja completamente negligenciada. Contudo, a decisão tem sido amplamente criticada por setores da sociedade civil e especialistas, que questionam a falta de investimentos em soluções definitivas, como a ampliação do sistema de tratamento e distribuição de água ou a adoção de alternativas sustentáveis.
A população, por sua vez, aguarda que a prefeitura apresente um plano de ação mais abrangente e que as autoridades se comprometam a buscar soluções duradouras para um problema que já afeta a qualidade de vida de milhares de bauruenses. Até lá, os cidadãos devem se adaptar à nova realidade de rodízio e torcer para que o abastecimento seja restabelecido o mais rápido possível.








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