Moraes, algum dia, foi um homem comum, igual a mim e a você. Nascido em uma família de classe média, Alexandre de Moraes cursou Direito na Universidade de São Paulo (USP) e em pouco tempo, tornou-se membro do Ministério Público de São Paulo (MPSP) e, mais tarde, alcançou alguns cargos políticos do governo paulista, aonde conseguiu proximidade com lideranças do PSDB e com Michel Temer, este último, o responsável por garantir que Moraes se tornasse Ministro do STF em 2017.
Desde então, um homem, que naquela época possuía apenas 48 anos, tornar-se-ia uma das figuras mais polêmicas e controversas do judiciário brasileiro: amado e admirado por alguns, porém detestado e odiado por outros. Uma coisa é fato: Alexandre de Moraes não estava vindo para ser apenas mais um Ministro do STF, seu legado era completamente diferente de tudo aquilo que o Brasil havia visto até então.
Contrariando a austeridade típica do político que o havia nomeado (Michel Temer), Alexandre de Moraes sempre mostrou-se bastante enérgico, assertivo e enfático em suas palavras e convicções pessoais, deixando claro que seu perfil era altamente combativo e sempre disposto a defender, com veemência, a sua atuação como Ministro da mais alta Corte de justiça deste país.
Porém, sua trajetória é bastante controversa, cheia de polêmicas e, dependendo da visão de cada um, repleta de abusos de autoridade (há controvérsias). A própria imposição das restrições da Lei Magnitsky, pelo governo dos EUA, que foram recentemente revogadas, foi fundamentada no autoritarismo de Moraes, por ter violado os interesses de empresas americanas atuantes no país, dentre outras medidas consideradas como autoritárias pelo governo norte-americano.
Sobre a revogação repentina das sanções da Lei Magnitsky há muito “burburinho nos bastidores” e não dá para saber, qual foi a motivação efetiva do governo norte-americano em revogá-las, haja vista que o governo brasileiro não tomou qualquer tipo de providência contra Moraes, nem tampouco Moraes deixou seu cargo no STF, como talvez era esperado por Donald Trump, quando impôs as sanções. De qualquer forma, a revogação das sanções, sem nenhum motivo aparente, apenas demonstra o poder de influência que Moraes hoje atualmente possui.
O mesmo também pode ser observado com relação ao escândalo do Banco Master, no qual sua esposa surge como uma prestadora de serviços da referida instituição, com um contrato de valor bastante expressivo, que veio à tona recentemente na mídia. A questão do Master ainda se mostra mais intrigante, ante a toda proteção jurídica que está sendo dada ao caso, o que faz levantar certas suspeitas, na opinião popular.
O grande porém de tudo isso é que mostra que Moraes está no epicentro de toda a situação atual que o país vive: foi protagonista no julgamento do caso do 8 de janeiro; no caso da “minuta do golpe”; e diversos outros ocorridos, conexos ou não, mas que mexeram com o país. Como sempre, Moraes sai ileso, pleno, inatingível, a ponto de que o presente questionamento se torne inevitável: O quão poderoso é Alexandre de Moraes? Quais os limites de seu poder? Não sabemos.







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