A votação que se aproxima na Câmara Municipal de Bauru tem exposto, mais uma vez, o forte alinhamento entre o Executivo e parte do Legislativo. Nos bastidores, cresce a avaliação de que a Prefeitura já teria “encomendado” o resultado da votação, enquanto alguns vereadores seriam estrategicamente poupados do desgaste político.
Fontes ouvidas pela reportagem afirmam que o domínio do governo sobre a base aliada é tão consolidado que a Câmara acaba funcionando como um mecanismo de proteção a determinados parlamentares, escolhidos para não se expor em votações sensíveis.
Um exemplo recente citado por interlocutores políticos foi a votação da concessão do serviço de coleta de lixo. Na ocasião, vereadores como Juninho, Marquinhos e Losila teriam sido preservados do desgaste público, evitando protagonismo direto em um tema impopular.
Agora, o foco recai sobre o vereador Natalino. Segundo fontes ligadas ao meio político, ele estaria desgastado internamente no PDT e, por isso, seria o próximo a assumir uma posição mais dura. As mesmas fontes asseguram que Natalino deverá votar contra a proposta, o que reforça a leitura de que o governo escolhe quem enfrenta o ônus político em cada momento.
Para críticos, esse tipo de articulação enfraquece o papel fiscalizador da Câmara e compromete a transparência das decisões. Já aliados do governo argumentam que o alinhamento é fruto de diálogo e construção política, não de imposição.
A votação promete ser mais um teste da relação entre Executivo e Legislativo em Bauru, além de medir o impacto do desgaste político dentro das legendas que compõem a base governista.







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