Juliana Brizola, pré-candidata ao governo do Rio Grande do Sul, enfrenta investigação da Polícia Civil do Rio Grande do Sul por suposta apropriação de recursos da sua avó materna, Dóris Daudt, de 99 anos.
A apuração teria sido deflagrada a partir de denúncia do tio de Juliana, Alfredo Daudt Júnior, que obteve a curatela da avó em fevereiro deste ano.
Segundo ele, apesar da avó ter recebido em 2024 uma indenização de R$ 1,8 milhão e receber pensão mensal de R$ 25 mil, foi constatado saldo negativo de cerca de R$ 44 mil em conta conjunta com a neta.
Acusações e contexto
A investigação se apoia no artigo 102 do Estatuto do Idoso — que trata da apropriação de valores pertencentes a pessoa idosa — para investigar se Juliana se apropriou indevidamente de valores da avó.
Dentre os fatos denunciados estão empréstimos, transferências e movimentações na conta conjunta que não estariam claramente vinculados aos cuidados ou necessidades da idosa.
Para Juliana, trata-se de uma “divergência familiar” e ela nega que haja crime ou apropriação indevida. Em nota, afirma cuidar da avó há aproximadamente duas décadas e que a conta conjunta foi aberta antes de qualquer limitação de saúde da idosa.
Impactos políticos e próximos passos
Além dos impactos jurídicos, o caso representa um risco político relevante para a candidatura de Juliana ao Palácio Piratini, por conta da exposição pública e da gravidade das acusações.
A polícia encaminhou o inquérito, e a expectativa é que o Ministério Público do Rio Grande do Sul decida pela apresentação ou não de denúncia formal. Os advogados do denunciante afirmam haver provas documentais e testemunhais que justificam o indiciamento.








Deixe um comentário